Sou o poeta João,
Cheio de sonhos e pesadelos
E medos e coragem.
Tenho os olhos abertos, espertos
Para olhar o céu, o mar, a montanha
E todas as cores que a vida tem.
Tantos me tocam as cores da natureza
Como os olhos das garotas.
Tenho os ouvidos atentos
para a música, os ruídos todos
e a sonoridade dos sorrisos
e dos nomes de mulher.
Com os íntimos ou escrevendo
Sou falante, elétrico como um grilo.
Quando enfrento o desconhecido
Sou caracol encolhido em minha casca-casa.
Sou alegre e sou triste,
Sou poeta em projeto.
Acho que o poeta é um cara-de-pau
Que se joga todo sem redes,
Sem máscaras e sem olhos escuros.
É um ser que bota fogo no gelo
E espera um incêndio amazônico.
Para isso vivo e me preparo
Como só tenho quinze anos,
Estou ainda atiçando chispas.
Se uma chamazinha explodir,
Se um verde minúsculo brotar
Do azul do meu poema,
Se o diálogo quebrar a indiferença,
Valeu.
Elias josé
P.S: Sem querer ser pretencioso, mas quando eu li esse poema não consegui pensar em outra coisa a não ser que esse poema tinha sido pra mim, só com uma diferença: eu tenho 17 anos.
bjs
“Voo por esse mundo obscuro, buscando o brilho dos meus olhos e entre uma batida e outra do coração arranjo tempo para escrever aqui.”
segunda-feira, 18 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
Soneto de fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento.
Antes, e com tal zelo, e sempre, em tanto.
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
Em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angustia de quem vive.
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
Eu possa me dizer do amor que tive
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Vinícius de Moraes
Antes, e com tal zelo, e sempre, em tanto.
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
Em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angustia de quem vive.
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
Eu possa me dizer do amor que tive
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Vinícius de Moraes
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